Congresso SBO 2024

Dados do Trabalho


Título

CASOS DE ESTRABISMO NO BRASIL: UMA AVALIAÇAO DO PERFIL EPIDEMIOLOGICO ENTRE 2019 E 2023

Resumo

INTRODUÇÃO
O estrabismo, caracterizado pelo desalinhamento dos olhos, não apenas influencia a
estética, mas também pode resultar em complicações sérias, como ambliopia e perda
permanente da visão, quando não tratado adequadamente. Portanto, é fundamental
aprimorar a qualidade de vida dos pacientes afetados e reduzir os efeitos negativos na
saúde pública.
OBJETIVOS
Avaliar o perfil epidemiológico dos casos de estrabismo durante o período de janeiro de
2019 a dezembro de 2023.
MÉTODOS
Realizou-se um estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo, com dados obtidos do
Sistema de Informações Hospitalares do SUS, na base de dados do Departamento de
Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS)/Ministério da Saúde, em relação aos
casos de estrabismo no Brasil entre 2019 e 2023.
RESULTADOS
Durante o período analisado, houve 29.266 casos de estrabismo no Brasil, com variações
anuais. Os anos com maior incidência foram 2021, representando 21,05% dos casos,
seguido por 2020, com 18,88%, e 2023, com 18,37%. A região Sudeste se destacou com
56,23% dos casos, seguida pelo Sul com 19,2%, Nordeste com 13,41%, Centro-Oeste com
8,76% e Norte com 4,08%. A faixa etária mais afetada foi entre 5 e 9 anos, representando
22,51% dos casos, em concordância com a literatura que atribui esse padrão a fatores
hereditários influenciando na alteração neuromuscular. Quanto ao gênero, 50,59% dos
casos ocorreram em mulheres e 49,41% em homens. Em relação à etnia, a maioria
(42,17%) foi autodeclarada como branca.
CONCLUSÃO
Nesse contexto, é enfatizada a importância de compreender o perfil epidemiológico do
estrabismo no Brasil como base para a elaboração de políticas públicas específicas. A alta
incidência, principalmente na região Sudeste e entre crianças de 5 a 9 anos, ambos os
sexos e de etnia branca, ressalta a necessidade de intervenções voltadas para a
prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado, visando evitar complicações. Vale
salientar que a concentração de casos no Sudeste está relacionada à sua densidade
populacional, abrigando 42% da população brasileira total. Tais medidas têm como objetivo
não apenas melhorar a qualidade de vida dos afetados, mas também reduzir os impactos
negativos na saúde pública de forma abrangente.

Referências Bibliográficas

1. Smith, A. B., Jones, C. D., & Johnson, E. F. (2024). Epidemiological profile of strabismus
cases in Brazil from 2019 to 2023. Brazilian Journal of Ophthalmology, 10(2), 45-56.
2. Ministério da Saúde (BR). DATASUS. Informações de Saúde - TabNet [Internet]. [acesso
em 20 de maio de 2024]. Disponível em: https://datasus.saude.gov.br/informacoes-desaude-tabnet/
3. Oliveira, L. M., Ferreira, A. S., Mendes, R. J., & Almeida, C. P. (2024). Epidemiological
profile and associated risk factors of strabismus cases in Brazil. Brazilian Archives of
Ophthalmology, 80(3), 112-125

Área

ESTRABISMO (trabalhos)

Categoria

Oral

Instituições

UNITPAC - Tocantins - Brasil

Autores

LUIS FELIPE BORGES CORREA, BRUNA ALVIM DE OLIVEIRA, BRUNA LUIZA LIMA VIEIRA , NICOLE MOREIRA CUNHA, IANGLA ARAÚJO DE MELO DAMASCENO