Dados do Trabalho

Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DA BLEFARITE NO BRASIL ENTRE OS ANOS DE 2020 E 2023

Resumo

INTRODUÇÃO
A blefarite é uma inflamação crônica das pálpebras associada a desconforto ocular,
vermelhidão e lacrimejamento, podendo resultar de infecções bacterianas ou condições
dermatológicas como rosácea. Devido ao seu impacto significativo na qualidade de vida, é
reconhecida como uma preocupação de saúde pública.
OBJETIVOS
Analisar o perfil epidemiológico dos casos de blefarite no Brasil durante o período de janeiro
de 2020 a dezembro de 2023.
MÉTODOS
Este estudo epidemiológico quantitativo foi realizado através da análise de dados
secundários obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN),
acessível no Departamento de Informática do Sistema Unico de Saúde (DATASUS).
Analisamos variáveis como número de casos, distribuição por sexo, faixa etária, etnia,
caráter de atendimento, valor médio de internação, dias de permanência e óbitos.
RESULTADOS
Durante o período analisado, ocorreram 4.982 internações por blefarite no Brasil, com
63,4% dos casos em mulheres e 36,6% em homens. A faixa etária mais afetada foi de 45
a 69 anos, representando 53,5% dos casos, seguida pela faixa de 35 a 44 anos, com 14,1%.
Em relação à etnia, houve uma maior incidência entre pessoas pardas (39,1%) e brancas
(37,8%). A maioria dos casos (87,1%) foi tratada em caráter eletivo, com valor médio de
internação de R$ 138,82 e permanência hospitalar média de 0,5 dias. Foram registrados 1
óbito relacionados à blefarite, resultando em uma taxa de mortalidade de 0,02%.
CONCLUSÃO
A análise dos dados revela um número significativo de internações por blefarite no período
estudado, com uma predominância entre mulheres e pessoas na faixa etária de 45 a 69
anos, especialmente entre indivíduos pardos. A maioria dos casos foi tratada em caráter
eletivo, com baixo valor médio de internação hospitalar e taxa de mortalidade reduzida. A
predominância entre pessoas brancas e mulheres indica a necessidade de investigação
mais detalhada sobre possíveis fatores de risco. Esses resultados enfatizam a importância
de implementar estratégias de prevenção e controle direcionadas, bem como políticas
públicas voltadas para a redução da incidência e complicações relacionadas à blefarite.
Além disso, é essencial realizar estudos futuros para explorar os determinantes por trás da
predominância de casos em certos grupos demográficos, visando intervenções mais
eficazes.

Referências Bibliográficas

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clínicas da blefarite: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Oftalmologia, 79(2), 123-
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2. Ministério da Saúde (BR). DATASUS. Informações de Saúde - TabNet [Internet]. [acesso
em 20 de maio de 2024]. Disponível em: https://datasus.saude.gov.br/informacoes-desaude-tabnet/
3. Dias MR, Guaresch BLV, Borges CR, Biazim DF, Casagrande D, Luz RA. Blepharitis:
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Revista Brasileira de Oftalmologia [Internet]. 2019 Nov 4 [cited 2022 Mar 4];78:300–3.