Congresso SBO 2024

Dados do Trabalho


Título

VASCULOPATIA POLIPOIDAL DA COROIDE: RELATO DE CASO

Resumo

Introdução: A vasculopatia polipoidal da coróide (VPC) descrita em 1982 por Yannuzzi como alterações vasculares subrretinianas associadas a descolamentos serosos hemorrágicos do epitélio pigmentar da retina (EPR), sem predileção por sexo, com diagnóstico mais comum entre 50 - 65 anos.
A VPC tem origem através da dilatação vascular da coróide, porém a fisiopatologia não está definida. O paciente pode cursar com visão turva, escotoma central ou paracentral, mas normalmente apresentam-se de forma assintomática. O diagnóstico desta patologia é realizado através de fundoscopia, angiografia fluoresceínica, angiografia com indocianina verde e acompanhado com OCT. No OCT e retinografia, podemos observar de 2 a 5 achados, que confirmados, tem a sensibilidade de 88% e especificidade de 92% para o diagnóstico, são eles: nódulo subrretiniano, descolamento do epitélio pigmentado (DEP) com aspecto de polegar, sinal da dupla camada, depressão na membrana de brunch abaix
o do DEP serossanguinolento e sinal da bolha.

Relato de caso: Paciente feminina, 63 anos, branca, procura a unidade referindo baixa acuidade visual em OE. Apresentava acuidade visual com correção de 20/20 em olho direito e 20/40 em olho esquerdo, biomicroscopia e tonometria sem alterações. A fundoscopia revelou exudação e hemorragias nasais em OE. Solicitado exames complementares chegando ao diagnóstico de vasculopatia polipoidal da coróide.

Discussão
A vasculopatia polipoidal da coróide é uma apresentação comum da degeneração macular relacionada a idade (DMRI).
Pode-se citar como complicações, os descolamentos serossanguineos do epitélio pigmentado, hiperplasia epitelial pigmentar, degeneração atrófica e alterações exsudativas levando a fibrose sub - retiniana
A extensão da área envolvida e a sua localização está diretamente relacionada a gravidade da doença, o envolvimento peripapilar é mais comum em pacientes caucasianos e o macular em pacientes asiáticos. Os pacientes sintomáticos podem ter regressão completa sem perda severa da visão com tratamento antiangiogênico.

Conclusão: Através do estudo pode-se ressaltar a importância da avaliação oftalmológica completa, o mapeamento de retina detalhado para investigação de lesões suspeitas, sempre acompanhado do OCT no diagnóstico diferencial das lesões. O diagnóstico correto e precoce é fundamental no manejo destes pacientes, evitando a progressão para sequelas visuais graves.

Referências Bibliográficas

1. Jang, et al. Typical polypoidal choroidal vasculopaty and polypoidal choroidal neovascularization. Retina 2018; 00: 1 – 9.
2. Baek, et al. Clinical outcome of polypoidal choroidal vasculopathy/aneurysmal type 1 neovascularization according to choroidal vascular morphology. Retina,
2019; 00: 1 – 9.
3. Chaikitmongkol V, Kong J, Khunsongkiet P, et al. Sensitivity and Specificity of Potential Diagnostic Features Detected Using Fundus Photography, Optical
Coherence Tomography, and Fluorescein Angiography for Polypoidal Choroidal Vasculopathy. JAMA Ophthalmol. 2019;137(6):661–66
4. Agange, et al. Polypoidal Choroidal Vasculopaty. American Academy of Ophthalmology, 2020.

Área

RETINA (trabalhos)

Categoria

Pôster Eletrônico

Instituições

Hospital Oftalmológico Santa Beatriz - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

JOAO LUCAS MOTA AVELINO, LARISSA CORREA GARCIA DE OLIVEIRA, ALEXANDRE PEREIRA DA SILVA FILHO, NATALIA VALLE MARON SUHETT, VANESSA DE ANDRADE LIMA , CAIO CESAR MAGALHAES, ARMANDO MAGALHÃES NETO