Congresso SBO 2024

Dados do Trabalho


Título

NOIA-A ASSOCIADO A ARTERITE DE CELULAS GIGANTES: UM RELATO DE CASO.

Resumo

Introdução
As neurites demandam conhecimento profundo de suas etiologias para melhor precisão diagnóstica devido a sua complexidade e prognóstico. São divididas quanto a causa e topografia da lesão.
Métodos
Relatar um caso de NOIA-A associado a oclusão arterial retiniana e Arterite de células gigantes para enfatizar a importância do trabalho multidisciplinar do oftalmologista.
Resultado
Paciente sexo masculino 76 anos, deu entrada em serviço de oftalmologia para consulta ambulatorial. Relatava cefaléia temporal de forte intensidade de longa data onde estava em acompanhamento com Neurologista. Possuia apenas HAS como comorbidade. Sem antecedentes oftalmológicos. Apresentava com acuidade visual com melhor correção de 20/25 em ambos os olhos. Sem alterações em biomicroscopia. Apresentava pressão intra-ocular de 15 20 em OE associado a uma escavação suspeita para glaucoma bilateral onde foi iniciada propedêutica.
Retornou em 2 semanas com quadro de baixa acuidade visual súbita em ambos os olhos com maior intensidade em OE associada a aumento de intensidade da cefaléia e claudicação de mandíbula.Apresentava acuidade visual sem correção de CD 30 cm em OD e MM em OE. Pressão intra-ocular 4/ 5 MMHG . Reflexos pupilares reduzidos. Fundoscopia com palidez de nervo óptico e retiniana acentuada superior e temporal em OD assim como inferior e temporal em OE sugestiva de oclusão arterial aguda.
Foi encaminhado a emergência para realização de exames de imagem e laboratoriais com elevação importante de marcadores inflamatórios. Após a exclusão de evento neurológico houve uma piora da acuidade visual para SPL em ambos os olhos com pouca melhora de hipotonia ocular e abolição de reflexos pupilares. Houve contato com setor de clínica médica onde foi interrogado a possibilidade de Arterite de células gigantes e paciente foi submetido a biópsia de A. Temporal seguido de metilprednisolona em pulso e corticoterapia via oral com melhora sintomática e laboratorial porém com quadro ocular irreversível.
Conclusão:
A NOIA é o subtipo mais comum em pacientes acima de 50 anos porém a (NOIA-A) é encontrado em apenas 5-10% dos casos. O prognóstico visual é sombrio com envolvimento bilateral em até 95% dos casos sendo a Arterite de células gigantes uma causa comum do quadro. A importância do oftalmologista em conhecer a patologia associado com o outras especialidades médicas de forma multidisciplinar é fundamental para minimizar os danos aos nossos pacientes.

Referências Bibliográficas

Referências:
1. Riedel P, Wall M, Grey A, Cannon T, Folberg R, Thompson HS. Autoimmune optic neuropathy. Arch Ophthalmol. 2008;116(8):1121-4.
2. Bielory L, Kupersmith M, Warren F, Bystryn J, Frohman L. Skin biopsies in the evaluation of atypical optic neuropathies. Ocul Immunol Inflamm. 2013;1: 231-41.
3 . Lourenço DM, Buscatti IM, Lourenço B, Monti FC, Paz JA, Silva CA. Neurite óptica em paciente com artrite idiopática juvenil. rev. bras. reumatol . 2 0 1 4;5 4(6):486–489.

Área

NEUROFTALMOLOGIA (trabalhos)

Categoria

Pôster Eletrônico

Instituições

Hospital Santo Amaro - São Paulo - Brasil

Autores

BERNARDO LANNES VENTURA, CARLA GOMES DA SILVA LACERDA