Dados do Trabalho
Título
PAPILEDEMA BILATERAL EM PACIENTE COM HIPERTENSAO INTRACRANIANA IDIOPATICA: RELATO DE CASO.
Resumo
Introdução: O papiledema se caracteriza por um edema na região do disco óptico devido à elevação da pressão intracraniana por causas subjacentes. A Hipertensão craniana idiopática (HII) é uma das causas mais comuns do papiledema. Este caso refere a importância da monitorização oftalmológica em pacientes com HII, de modo a detectar precocemente complicações oculares. Visto que, o tratamento adequado da HII e o controle da pressão intracraniana são fundamentais para prevenir danos visuais irreversíveis.
Relato de Caso: Paciente do sexo feminino, foi encaminhada ao consultório oftalmológico com queixas de borramento de visão bilateral. Seu histórico médico revelou hipertensão intracraniana idiopática, em tratamento com Diamox oral. Nos exames apresentou, em ambos os olhos, papilas ópticas elevadas, com borramento de margens associado a discreta hiperemia e presença de exsudatos algodonosos peridiscais inferiores no olho direito, indicativos de papiledema. A retinografia colorida e red-free corroboraram com o diagnóstico, mostrando edema de disco bilateral. Ademais, o brilho macular constatado foi fisiológico, e os vasos com trajeto e calibre preservados, retina e coroide sem alterações. Após quatro meses de acompanhamento, a paciente retornou ao consultório para reavaliação. Os exames demonstraram regressão do edema papilar, com papilas de contorno borrado e coloração atenuada. As escavações ópticas estavam simétricas, o sistema vascular retiniano com calibre e tortuosidades sem alterações. Não foram observadas alterações exsudativas, atróficas ou cicatriciais na retina.
Discussão: A hipertensão intracraniana idiopática (HII), também conhecida como pseudotumor cerebral, é caracterizada pelo aumento da pressão intracraniana que leva ao papiledema, caracterizado pelo edema na região do disco óptico devido ao aumento da pressão no espaço subaracnoide ao redor do nervo óptico. Pacientes com HII podem ter cefaleias, distúrbios visuais, zumbido pulsátil e diplopia. O diagnóstico do papiledema é feito por meio da fundoscopia e seu tratamento envolve medicamentos para reduzir a produção de líquido cefalorraquidiano, e em casos graves, intervenção cirúrgica.
Conclusão: O acompanhamento oftalmológico regular é essencial para pacientes com HII, visando detectar e monitorar complicações oculares, bem como seu manejo em diagnósticos agudos. A regressão do edema observada neste caso ressalta a eficácia do tratamento adequado da HII e com isso a preservação da função visual.
Referências Bibliográficas
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Área
RETINA (trabalhos)
Categoria
Pôster Eletrônico
Instituições
Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM - Minas Gerais - Brasil
Autores
BRUNA MELGAÇO BATISTA ALVES, IURI DAVID DE CASTRO, MARIANA CAMPOS BUENO SOARES, EDUARDO RODRIGUES MATTOS DE CASTRO