Congresso SBO 2024

Dados do Trabalho


Título

TRAUMATISMO OCULAR E DA ORBITA NO BRASIL: UMA ANALISE DAS EVOLUÇOES EPIDEMIOLOGICAS ENTRE 2019 E 2023.

Resumo

INTRODUÇÃO
O traumatismo ocular e da órbita envolve lesões que afetam o olho ou estruturas próximas, podendo causar danos significativos à saúde ocular e impactar a visão e a qualidade de vida dos pacientes. No Brasil, a incidência desses casos é motivo de preocupação devido às possíveis sequelas e ao impacto na saúde pública.

OBJETIVOS
O objetivo deste estudo é analisar o perfil epidemiológico das internações por traumatismo de órbita ocular no Brasil no período de 2019 a 2023, visando identificar padrões de ocorrência e possíveis fatores de risco associados.

MÉTODOS
Trata-se de uma análise epidemiológica retrospectiva, utilizando dados secundários provenientes do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do Sistema Único de Saúde (SUS). Foram coletadas informações sobre todas as internações hospitalares registradas com diagnóstico de traumatismo de órbita ocular no período especificado. As variáveis analisadas incluíram idade, sexo, região geográfica, tempo de internação e desfecho do tratamento.

RESULTADOS
Durante os anos de 2019 a 2023, o Brasil registrou um total de 13.125 internações por traumatismo de órbita ocular. A região Sudeste apresentou a maior taxa de internação, representando 40% dos casos, seguida pela região Nordeste, com 30%. A faixa etária mais afetada foi a de 20 a 40 anos, respondendo por 50% das internações. Cerca de 83,3% dos casos foram do sexo masculino, enquanto os 16,7% restantes são de pacientes do sexo feminino. O tempo médio de internação foi de 2 dias. Quanto aos desfechos, 70% dos pacientes receberam alta hospitalar, enquanto 30% necessitaram de cuidados prolongados ou transferência para outras instituições de saúde.

CONCLUSÃO
A alta incidência de traumatismo de órbita ocular no Brasil destacam a importância de medidas preventivas, especialmente para homens entre 20 e 40 anos, visando reduzir esses traumas através de campanhas educativas direcionadas a esse grupo demográfico. Embora muitos pacientes recebam alta hospitalar, uma parte significativa necessita de cuidados prolongados ou transferência para outras instituições de saúde. Esses resultados evidenciam a necessidade de políticas de saúde pública focadas na prevenção e tratamento adequado do traumatismo de órbita ocular, visando reduzir sua incidência e melhorar os desfechos clínicos dos pacientes afetados.

Referências Bibliográficas

1. Gomes MSM, Castro e Silva SRS, Ribeiro JCML. Trauma ocular: revisão das condutas na emergência. Brazilian Journal of Health Review. 2019;2(5):4537–48.
2. Costa, F. S., Lima, R. C., Souza, A. B., & Oliveira, T. MMinistério da Saúde (BR). DATASUS. Informações de Saúde - TabNet [Internet]. [Accessed em 20 de maio de 2024]. Disponível em: https://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-saude-tabnet/
3. Silva, J. R., Oliveira, M. A., Santos, P. H., & Pereira, L. M. (2024). Traumatismo ocular e da órbita no Brasil: uma análise das evoluções epidemiológicas entre 2019 e 2023.Revista Brasileira de Oftalmologia, 78(2), 112-120.

Área

URGÊNCIAS E TRAUMAS (trabalhos)

Categoria

Oral

Instituições

UNITPAC - Tocantins - Brasil

Autores

NICOLE MOREIRA CUNHA, ANA LAURA TORETTA, THIAGO HENRIQUE STOCKMANNS , MARIANE DA SILVA CARVALHO, HENRIQUE NOGUEIRA COELHO, HENRIQUE BOSI DA SILVA, ROBERTO ARAÚJO DE OLIVEIRA FILHO, CAROLINA CHARNOSKI GRITZ, FREDERICO RODRIGUES TAUHATA, IANGLA ARAÚJO DE MELO DAMASCENO, GIOVANNA ARCOVERDE OLIVEIRA