Dados do Trabalho

Título

PARESIA DO III PAR CRANIANO BILATERAL EM PACIENTE PEDIATRICO: RELATO DE CASO

Resumo

Introdução: A paresia do III par craniano, ou nervo oculomotor, em pacientes pediátricos é uma condição incomum que pode causar déficits motores oculares significativos. Este relato de caso descreve um exemplo raro de paresia bilateral do III par craniano em um paciente pediátrico. As manifestações clínicas incluíram não apenas exotropia, mas também outras alterações oftalmológicas associadas à paresia dos músculos oculares. A compreensão detalhada desse caso é essencial para um diagnóstico e tratamento preciso, destacando a importância da identificação precoce e da intervenção terapêutica adequada para otimizar os resultados visuais e funcionais.

Objetivo: Relatar um caso incomum de paresia bilateral do III par craniano em paciente pediátrico.

Método: Paciente do sexo masculino, 6 anos de idade, apresentou ao exame oftalmológico acuidade visual corrigida em olho direito (OD) de 20/30 e em olho esquerdo (OE) de 20/200. Na refração OD: -1,00 -1,00 a 180 OE: -3,00 -1,50 a 180. Na motilidade ocular foram encontrados em olho direito ptose palpebral e -4 do reto superior e em olho esquerdo -6 do reto medial e -4 do reto inferior. No método de avaliação de Krimsky apresentou exotropia de 50 Dioptrias prismaticas (DP), e direito/esquerdo de 35 DP. Apresenta posição viciosa de cabeça de elevação do mento para fixar com OD. Na biomicroscopia e na fundoscopia não possui alterações significativas.

Conclusão: Este caso ilustra uma apresentação rara paresia bilateral do III par craniano, com XT e D/E decorrente de lesões específicas do ramo superior do nervo oculomotor no olho direito e do ramo inferior no olho esquerdo. O diagnóstico preciso e a compreensão das lesões nervosas subjacentes são essenciais para orientar o tratamento adequado. Ademais, o paciente possui possível ambliopia estrábica e manejo dessas condições anteriormente citadas deve envolver abordagens terapêuticas conservadoras, como o uso de óculos e terapia visual com oclusão monocular diária além de intervenção cirúrgica na tentativa de realinhar os olhos e restaurar função visual binocular.

Referências Bibliográficas

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