Congresso SBO 2024

Dados do Trabalho


Título

UM CASO DE DISTROFIA DE CONES AVANÇADA EM PACIENTE ATENDIDO EM HOSPITAL OFTALMOLOGICO TERCIARIO DE TERESINA- PI

Resumo

INTRODUÇÃO: A distrofia de cones é uma doença hereditária, geralmente autossômica dominante, que afeta o epitélio pigmentado da retina e os cones. Os sintomas, como baixa acuidade visual, dicromatopsia e fotofobia, geralmente começam na adolescência. Embora não exista terapia comprovada para seu manejo, o seguimento e o aconselhamento genético são essenciais. No relato do caso clínico, foram seguidos os princípios éticos, incluindo o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). CASO CLÍNICO: Feminino, 57 anos, natural de Corrente/PI, ausência de morbidade familiar conhecida. A paciente relata que desde criança tem redução da acuidade visual, refere filha com mesma queixa. Na avaliação oftalmológica, apresentava acuidade visual (AV) no olho direito (OD) 20/400 e no olho esquerdo (OE) 20/200 e fundoscopia com atrofia macular bem delimitada bilateralmente. Foram solicitados Angiofluoresceinografia, Retinografia e Tomografia de Coerência Óptica. Angiofluoresceinografia observou-se defeito em janela com visualização dos vasos coroideanos bilateralmente. Retinografia observou-se atrofia retiniana coriorretiniana bem delimitada na região foveal bilateral e simétrica. Na Tomografia de Coerência Óptica observou-se a perda da curvatura foveal habitual, atrofia retiniana com perda de fotorreceptores e perda do paralelismo retiniano habitual, que é compatível com distrofia de cones em ambos os olhos. Na eletrorretinografia visualizou-se diminuição das ondas A e B na fase fotópica diminuição do complexo flicker N1P1 e achatamento da onda P1 correspondente com redução da atividade de cones. Após o diagnóstico realizou-se adaptação de recursos para visão subnormal e atualmente apresenta manutenção da acuidade visual. DISCUSSÃO: A doença do caso é genética e hereditária com escassos genes relacionados conhecidos, assim é necessário a realização do mapeamento genético para identificar o genoma compatível, mas é um exame de difícil acesso. Logo deve-se destacar o tão essencial é esse diagnóstico, uma vez que é crucial para o planejamento pessoal e profissional do paciente. CONCLUSÃO: Tal patologia causa um impacto significativo na qualidade de vida do paciente, sendo de fundamental importância o oftalmologista possuir conhecimentos sobre as diversas doenças oculares para realizar diagnósticos diferenciais. Visto que, o diagnóstico e o acompanhamento precoce, apesar de não ter cura, permite a reabilitação visual com a melhora da saúde do paciente.

Referências Bibliográficas

1. Sato M, Berezovsky A, Sacai PY, Salomão SR. Avaliação da função visual em pacientes com distrofia de cones. Arq Bras Oftalmol. 2003;66:293-7.
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3. Basic and Clinical Science Course 2016-2017 American Academy of Ophthalmology
4. Michaelides M, Hardcastle AJ, Hunt DM, Moore AT. Progressive cone and cone-rod
5. Dystrophies: phenotypes and underlying molecular genetic basis. Surv Ophthalmol. 2006;51(3):232-258.

Área

RETINA (trabalhos)

Categoria

Pôster Eletrônico

Instituições

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACID - Piauí - Brasil

Autores

BRUNA ALACOQUE AMORIM LIMA, LEONARDO PINHEIRO TEIXEIRA, LEONARDO COSTA CARVALHO, PAULO RICARDO QUARESMA NAZION, ANA LETICIA ALMENDRA FREITAS DO REGO MONTEIRO, LETICIA SANTOS ROCHA MARTINS SOARES, LÚCIA HELENA ROSA RIBEIRO FREIRE, LUCIANO VELOSO MENDES DE NEIVA, MOISÉS ELIAS CADDAH NETO, JOSÉ HUGO MOREIRA DE SOUSA LIMA, ANA MARIA CARVALHO BARROSO, INDELSON MELÃO LOPES JÚNIOR, RAISSA CARVALHO DE OLIVEIRA, MARCOS FERNANDO DOS SANTOS SOUSA FILHO, ANA JÚLIA GOMES DUARTE