Congresso SBO 2024

Dados do Trabalho


Título

DEGENERAÇAO MARGINAL PELUCIDA INFERIOR UNILATERAL EM PACIENTE JOVEM

Resumo

Relata-se paciente com DMP inferior unilateral, apresentação atípica da patologia, e destaca-se a necessidade de investigação de afinamentos corneanos unilaterais como hipótese diagnóstica para DMP. Paciente de 24 anos, procurou unidade referindo acuidade visual (AV) diminuída em olho esquerdo (OE), olho direito (OD) sem queixas. Negava uso de óculos, lente de contato e colírio. Sem outras comorbidades e história familiar negativa de queixas oftalmológicas. Ao exame: OD plano 20/20. OE +1,5 -4,00x105º 20/30 com trocas Pressão intraocular 11/10. Biomocroscopia (BIO) OD sem alterações, OE apresentando afinamento estromal importante de 5 às 7 horas com perda leve da transparência na área e presença de neovasos. Fundo de olho: escavação 03 em ambos os olhos. À Topografia de córnea apresentou:OD 40,8x41,5 (42,2 K max) com astigmatismo a favor da regra, com assimetria discreta e OE 37,6x45,1 (45,2 K max) com astigmatismo contra a regra com um padrão em pata de caranguejo. Após 9 meses, paciente retornou e apresentou AV com correção:OD plano 20/20, OE +1,5 -5,00 x100 20/30. BIO: OE nubécula inferior em arco com afinamento importante de 2 às 8 horas, com perda de transparência leve nessa região, macro bolha às 6 horas medindo 2 mm (descemetocele) e OD com afinamento importante em arco inferior com neovasos discretos e discreta perda da transparência. Em 12/03/2024 retratou topografia de córnea de OD e de OE semelhante à anterior.À Tomografia de Coerência Óptica (OCT) de OE evidencia área de quase ausência de estroma no local afetado. Com tudo, foi confirmado o diagnóstico de DMP inferior esquerda e mantida observação de OD por discretas alterações apresentadas em exames topográficos (assimetria discreta e paquimetria de 481). Com isso, foi sugerido cirurgia de córnea devido descemetocele e risco de perfuração. Conclui-se que a DMP é uma condição rara que acomete preferencialmente o sexo masculino, entre 20 e 40 anos(3). Usualmente é bilateral, porém existem alguns relatos com envolvimento unilateral(4) e apresenta-se como diagnóstico diferencial em quadros de ceratocone e outras causas de afinamentos periféricos(4). Assim, a investigação diagnóstica deve ser profunda e a DMP unilateral deve ser considerada.

Referências Bibliográficas

1. Schor P, Chamon W, Belfotr Jr R. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar: Unifesp/escola paulista de medicina de Oftalmologia. 1ª ed. [S.l.]: Nestor Schor; 2003. 588 p. ISBN 9788520455838. Disponível em: minha biblioteca.com.br. Acesso em: 25 abr. 2024. 2. Bowie KS, Dhaliwal DK, Barnhorst DA Jr, Warnicke J. Pellucid marginal degeneration with superior corneal thinning. Cornea. 1997;16(4):483-5.
3. Sridhar MS, Mahesh S, Bansal AK. Pellucid marginal corneal degeneration. Ophthalmology. 2004;111(6):1102-7.
4. Biswas S, Brahma A, Tromans C, Ridgway A. Management of pellucid marginal corneal degeneration. Eye. 2000;14(Pt 4):629-34.

Área

CÓRNEA (trabalhos)

Categoria

Pôster Eletrônico

Instituições

UNIVALE - Minas Gerais - Brasil

Autores

GABRIELA FERNANDES CUADAL MAGALHÃES, MARIA EDUARDA NUNES LEITE SILVA, BRIAN ALVES MATOS, RAFAEL AUGUSTO CORREA LEAL, BRUNO DUTRA GONÇALVES FIALHO, VICTÓRIA DE CASSIA RIBEIRO CORBELLI, ELEONORA PATTO FRÓIS, GUSTAVO NEGRI SOARES, JOSÉ CARLOS PIRES FILHO, POLIANA DIAS MURTA