Dados do Trabalho

Título

LUZ NO FIM DO TUNEL - REVISAO LITERARIA SOBRE TOXOPLASMOSE

Resumo

Introdução: A toxoplasmose é a principal causa de uveíte posterior, seu agente etiológico é o toxoplasma gondii. O parasita consegue invadir qualquer célula nucleada, causando dano tecidual e sua apresentação ocular é bastante recorrente. É uma doença autolimitada em indivíduos saudáveis, porém ela deve ser diagnosticada e tratada para evitar prejuízos na acuidade visual do paciente. O objetivo do estudo é conhecer a epidemiologia e o quadro ocular da doença. Revisão sistematizada com a metodologia: Foi feito um levantamento bibliográfico nas bases de dados Scielo e Pubmed, com recorte temporal de 10 anos, 2014 a 2024, utilizando os descritores “toxoplasmose ocular”, “Ocular Toxoplasmosis” e “headlight in fog”. Resultados: A toxoplasmose é uma uveíte granulomatosa que afeta a população jovem, de 19 a 64 anos. Ela pode ser contraída ao entrar em contato com fezes de felinos infectados, ingestão de carne crua e água contaminadas, transmissão vertical e transplante de órgãos. O uso de inibidores de bomba de prótons parece ser um fator de risco para a doença, pois reduzem a eficácia do ácido clorídrico no estômago. O paciente pode queixar-se de visão borrada e hiperemia ocular. Na oftalmoscopia pode-se encontrar uma lesão brancacenta ou acinzentada unilateral com bordas mal definidas, próxima a uma cicatriz satélite hiperpigmentada; associada ao turvamento do vítreo — fenômeno conhecido como "headlight in the fog" — puckering macular é um achado raro. No exame ocular é possível ver precipitados ceráticos. Na ultrassonografia ocular é possível ver vitreíte, descolamento do vítreo, espessamento do hialoide. igG e igM devem ser utilizados para o diagnóstico; pode-se utilizar reação em cadeia da polimerase (PCR) do líquido do humor aquoso para confirmar o diagnóstico em caso de dúvida. Conclusão: É importante reconhecer os principais aspectos dessa doença, pois ela é a principal causa de uveíte, além disso pode causar danos irreversíveis na visão se não for diagnosticada de forma adequada. Conhecer os achados da oftalmoscopia pode ser decisivo na qualidade de vida do paciente. Por isso é preciso estar atento aos fatores de risco e apresentações clínicas.

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