Congresso SBO 2024

Dados do Trabalho


Título

NEOPLASIA MALIGNA DOS OLHOS E ANEXOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UM DELINEAMENTO DOS PACIENTES ATENDIDOS NO BRASIL ENTRE 2018 E 2023.

Resumo

INTRODUÇÃO:
A neoplasia maligna dos olhos e anexos em crianças e adolescentes é um câncer que afeta as estruturas oculares, como a retina, o nervo óptico e a órbita. Apesar de sua baixa incidência, a relevância clínica desta condição reside nos potenciais efeitos adversos na saúde visual e geral dos pacientes.
OBJETIVO:
Delinear e avaliar o perfil epidemiológico em crianças e adolescentes internados por neoplasia maligna dos olhos e anexos no Brasil entre 2018 a 2023.
METODOLOGIA:
Estudo de natureza epidemiológica, descritiva, retrospectiva e quantitativa, conduzido através da análise de dados secundários obtidos do DATASUS/SIH-SUS. Foram analisadas todas as internações de crianças e adolescentes com diagnóstico de neoplasia maligna ocular, considerando variáveis como ano, faixa etária, cor, sexo, tempo de internação e óbitos.
RESULTADOS:
Durante o período analisado, foram identificadas 8.478 internações de crianças e adolescentes no Brasil devido a neoplasias malignas nos olhos e regiões adjacentes. Os anos com maior incidência foram 2022, registrando 1.505 casos (17,7%), seguido por 2021, com 1.466 casos (17,3%), e 2019, com 1.464 casos (17,3%). A faixa etária mais impactada foi a de 1 a 4 anos, representando 5.782 casos (68,2%), seguida pelos menores de 1 ano, com 1.258 casos (14,8%), e de 5 a 9 anos, com 1.006 casos (11,9%). A maioria dos pacientes tinha origem étnica parda, totalizando 6.890 casos (81,3%). Quanto ao gênero, os meninos foram mais afetados, com 4.638 casos (54,7%), em comparação com as meninas, com 3.840 casos (45,3%). A média de tempo de internação foi de 2,5 dias, e a taxa de mortalidade em relação ao número de casos foi de 87 óbitos (1,0%).
CONCLUSÃO:
Diante disso, confirma-se a importância de delinear o perfil epidemiológico das neoplasias malignas oculares em crianças e adolescentes, fornecendo dados essenciais para a compreensão e manejo dessa condição. As variações na incidência ao longo dos anos, a predominância na faixa etária de 1 a 4 anos e a maior incidência em meninos destacam a necessidade de medidas preventivas e de diagnóstico precoce específicos. É essencial abordar as disparidades socioeconômicas e de gênero na prestação de cuidados médicos. A alta taxa de mortalidade destaca a necessidade de estratégias de rastreamento e tratamento mais eficazes, além de orientações políticas de saúde, com o objetivo de preservar a função visual e prevenir complicações graves em crianças e
adolescentes.

Referências Bibliográficas

1. Chantada GL, Fandiño AC, Manzitti J, Casak S, Schvartzman E. Ocular neoplasia in children and adolescents: definition, presentation, and management. Pediatr Blood Cancer. 2007;49(7):941-947.133.
2. Ministério da Saúde (BR). DATASUS. Informações de Saúde - TabNet [Internet]. [Accessed em 20 de maio de 2024]. Disponível em: https://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-saude-tabnet/
3. Oliveira RL, et al. Neoplasias malignas oculares em crianças e adolescentes: análise retrospectiva de um hospital pediátrico. J Bras Oncol Pediatr.2018;4(2):87-92

Área

ONCOLOGIA (trabalhos)

Categoria

Oral

Instituições

UNITPAC - Tocantins - Brasil

Autores

NICOLE MOREIRA CUNHA, HENRIQUE NOGUEIRA COELHO, HENRIQUE BOSI DA SILVA, ROBERTO ARAÚJO DE OLIVEIRA FILHO, FREDERICO RODRIGUES TAUHATA , ANA LAURA TORETTA, CAROLINA CHARNOSKI GRITZ , THIAGO HENRIQUE STOCKMANNS , MARIANE DA SILVA CARVALHO, IANGLA ARAÚJO DE MELO DAMASCENO