Dados do Trabalho

Título

HERPES ZOSTER EM PACIENTE DIABETICO- UM RELATO DE CASO

Resumo

INTRODUÇÃO
O Herpes-zóster oftálmico é uma infecção latente do vírus da varicela-zóster reativada envolvendo o olho com diversas apresentações como conjuntivite, lesões epiteliais pseudo dendríticas, estromal, uveíte anterior, neurite óptica, retinite e raramente oftalmoplegia. Após a infecção primária, o vírus se apresenta na forma latente no gânglio sensitivo se reativando quando a imunidade diminui por causa da idade, doenças ou imunodeficiência. Sinais e sintomas, que podem ser graves, são exantema dermatômico unilateral na fronte e inflamação dolorosa de todos os tecidos das estruturas anterior e, raramente, posterior do olho.

DESCRIÇÃO DO RELATO DE CASO
Paciente do sexo feminino, 77 anos, diabética e hipertensa, que chegou na assistência emergencial da Clínica da família com o quadro de edema na face e dormencia facial do lado esquerdo com aparecimento de menos de 24h, além disso apresentava glicemia de jejum de 195mg/dl. Ao exame observou-se edema palpebral e de face principalmente região frontal e maxilar esquerda com discretas lesões bolhosas com menos de 1 diâmetro esparsas. Em horas a paciente evoluiu com aumento das lesões cutâneas na face, dor em queimação na região, fotofobia e embaçamento visual.

DISCUSSÃO
O diagnóstico baseia-se no aspecto característico das estruturas anteriores do olho quando acompanhado de dermatite zóster ipsilateral do primeiro ramo do nervo trigêmeo, o nasociliar. O vírus é altamente contagioso e a transmissão pode ocorrer por contato direto com uma lesão cutânea ou inalação. O diagnóstico é clínico e laboratorial através da sorologia e cultura. O tratamento é feito com antivirais orais como aciclovir, analgésicos narcóticos, antidepressivos como amitriptilina, pomada de aciclovir, colírio cicloplégico, colírio lubrificante e gabapentina ou pregabalina oral para neuralgia. A vacina é recomendada para pessoas acima de 60 anos, visto que ela diminui a frequência e a gravidade da doença.

CONCLUSÃO
Conclui-se com o trabalho realizado que o tratamento foi satisfatório para cessar os sintomas da paciente do caso, sendo ele feito com o uso de aciclovir via oral e pomada.
No entanto, o diagnóstico precoce foi imprescindível para administrar o quadro com melhor propedêutica e elevar a qualidade de vida do paciente. Portanto, a notoriedade desse caso é fundamental para alertar aos profissionais sobre a atitude investigativa e o desafio diagnóstico.

Referências Bibliográficas

1.Portella AVT, Souza LC de B de, Gomes JMA. Herpes-zóster e neuralgia pós-herpética. Revista Dor [Internet]. 2013 Sep 1;14(3):210–5. Available from: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-00132013000300012
‌