Dados do Trabalho
Título
ALTERAÇAO CAMPIMETRICA POR MELANOCITOMA DE NERVO OPTICO: UM RELATO DE CASO
Resumo
Introdução: O melanocitoma do disco óptico é uma variante do nevo melanocítico. Historicamente, foi confundido com melanoma maligno devido sua composição celular densamente pigmentada. Este tumor benigno é estável, geralmente assintomático e raramente se torna maligno. Relato de Caso: C.A.M.S, 70 anos, feminino, de Guarulhos-SP, apresentava baixa acuidade visual em ambos os olhos há 1 ano. Encaminhada para avaliação pré-operatória de catarata, sem histórico oftalmológico prévio. Sua acuidade visual corrigida era de 20/40 em ambos os olhos. O exame biomicroscópico revelou catarata bilateral. O mapeamento de retina do olho direito (OD) mostrou lesão hiperpigmentada extensa, arredondada e com contornos bem definidos, plana em topografia de disco óptico, compatível com melanocitoma, mácula livre, relação arterio-venosa preservada e retina aplicada e olho esquerdo (OE): sem alterações. A tonometria indicou pressão intraocular normal, enquanto o campo visual revelou alterações no (OD). Após facoemulsificação com implante de lente intraocular no (OD), a acuidade visual corrigida melhorou para 20/30 e do (OE): 20/20. Após exames de imagem e avaliação com especialista em retina, sendo optado por manter o acompanhamento semestral, confirmando a estabilidade do quadro. Discussão: O melanocitoma geralmente afeta mulheres com mais de 50 anos e tende a ser unilateral. No caso descrito, apesar da intervenção cirúrgica para retirada da catarata, não ocorreu melhoria significativa na acuidade visual. A presença do melanocitoma com alteração campimétrica do olho em questão pode explicar tal resultado apesar da estabilidade do quadro avaliado pelo retinólogo. Conclusão: Este relato destaca a importância de reconhecer o melanocitoma do disco óptico e reforça a necessidade de consultas oftalmológicas periódicas, já que alguns casos podem ter alterações campimétricas ou uma minoria evoluir para malignidade. Exames de imagem como ultrassonografia (figura1), retinografia (figura 2), tomografia de coerência óptica (figura 3) e campo visual (figura 4), são cruciais para monitorar o tumor e detectar complicações precocemente. Em casos específicos, encaminhar ao oncologista ocular pode ser necessário.
Referências Bibliográficas
Referências:
1. Revista Brasileira de Oftalmologia, v. 67, n. 6, p. 321-326, 2008.
2. "Melanocitoma do nervo óptico", Rev. bras.oftalmol. 67 (6), Dez 2008.
3. "Melanocitoma do nervo óptico: revisão bibliográfica", Enéias Bezerra Gouveia, Maira Saad de Ávila Morales, USP, 2008.
Área
ONCOLOGIA (trabalhos)
Categoria
Pôster Eletrônico
Instituições
Hospital de Olhos CRO - São Paulo - Brasil
Autores
CAROLINE SOARES PINTO, LETÍCIA MARTINS SOARES GOMES, MARÍLIA PALIATO, CELSO AUGUSTO NASCIMENTO QUERIDO, JADE JUNQUEIRA EMILIANO DE SOUZA, LUMA RAMALHO PERES, JULLIANA RIBEIRO ASSUNÇÃO, CAMILA VIANA SALES, NICHOLAS DE ALBUQUERQUE CORREA DUARTE, MATHEUS DE SOUZA PRETI, STEFAN TUBEL, LUCIANO RABELLO NETTO CIRILLO, MARCELO MASTROMONICO LUI, VICTOR REIS PEREIRA