Congresso SBO 2024

Dados do Trabalho


Título

UMA ANALISE EPIDEMIOLOGICA DAS INTERNAÇOES POR ESTRABISMO NO BRASIL

Resumo

Autores: Carolina Beatrici Hosch1, Sophia Ronchetti Martins Xavier1, Guilherme Tarnowski Dallarosa2, Adriano Calcagnotto Garcia2
Instituição: Faculdade de Medicina, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)1;
Faculdade de Medicina, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS)2;
Introdução: O estrabismo é um distúrbio visual comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Esta condição perturba o alinhamento normal dos olhos, causando a perda do paralelismo ocular e o desalinhamento dos eixos visuais. No contexto brasileiro, a elevada prevalência do estrabismo assume importância significativa para a saúde ocular e pode variar regionalmente, destacando a necessidade de abordagens específicas nas diferentes áreas geográficas. Objetivo: Descrever e analisar o perfil epidemiológico das internações hospitalares por estrabismo infantil no Brasil entre 2019 e 2023. Métodos: Estudo de caráter transversal, descritivo e com abordagem qualitativa, com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificações (SINAN), do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), entre janeiro de 2019 a dezembro de 2023. Resultados: De 2019 a 2023, foram relatados 16.919 internações no Brasil por estrabismo, considerando todas as faixas etárias. As faixas etárias de maior acometimento foram 5-9 anos (18,93%), seguidas por 10-14 anos (12,16%), as quais detiveram 39,5% das internações totais. Observou-se ligeira predominância de internações no sexo feminino (54,88%) durante o período analisado. Com relação à distribuição regional, a região Sudeste apresenta o maior percentual de internações (55,23%), apresentando padrão semelhante à população geral. A região Norte apresentou o menor número de internações, com 1,84%. Conclusão: O estrabismo apresentou um padrão de acometimento majoritariamente infantil, com maior incidência no público entre 5-14 anos. A concentração expressiva de internações na região Sudeste pode ser atribuída à densidade populacional e à infraestrutura de saúde avançada. Por fim, no que diz respeito às discrepância dos parâmetros analisados entre as regiões, podem ser influenciadas pela desigualdades no acesso a métodos diagnósticos, disparidades na infraestrutura de saúde e pela distribuição desproporcional de recursos hospitalares, reforçando a necessidade de se melhorar o acesso ao diagnóstico e tratamento de estrabismo no país de maneira uniforme.

Referências Bibliográficas

1. Bicas HEA. Estrabismos: da teoria à prática, dos conceitos às suas operacionalizações. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. 2009 Oct;72(5):585–615.
2. Graham PA. Epidemiology of strabismus. British Journal of Ophthalmology [Internet]. 1974 Mar 1;58(3):224–31. Available from: https://dx.doi.org/10.1136%2Fbjo.58.3.224;
3.Ali Asgar Yetkin. Evaluation of Clinical Characteristics and Risk Factors of Strabismus Cases. İstanbul Kuzey Klinikleri. 2023 Jan 1;
4. Ticho BH. Strabismus. Pediatric Clinics of North America [Internet]. 2003 Feb 1;50(1):173–88. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12713111/

Área

ESTRABISMO (trabalhos)

Categoria

Pôster Eletrônico

Instituições

UNISINOS - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

CAROLINA BEATRICI HOSCH, SOPHIA RONCHETTI MARTINS XAVIER, GUILHERME TARNOWSKI DALLAROSA, ADRIANO CALCAGNOTTO GARCIA