Dados do Trabalho

Título

EXPLORANDO A CERATOPIGMENTAÇAO: UMA REVISAO DA LITERATURA ATUAL

Resumo

A ceratopigmentação corneana (KTP) é um procedimento oftalmológico utilizado para o manejo estético de opacidade de córnea em olhos sem acuidade visual, mas pode ser realizado nos olhos com acuidade visual em casos de defeitos na íris por trauma, aniridia ou coloboma, diplopia intratável e outras condições como fotofobia ou apenas por desejo estético. Existem várias técnicas de KTP disponíveis, sendo a mais utilizada e com melhores resultados, a femtosecond-assisted keratopigmentation (FAK). Com esta revisão sistemática, objetivamos reunir e consolidar as evidências já produzidas até o momento sobre o tema.
Este trabalho foi realizado utilizando estratégia orientada pelo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA), com busca nas bases de dados PUBMED e LILACS, utilizando apenas o descritor “Keratopigmentation”, para manter a busca ampla e integrativa. Os critérios de inclusão foram: idiomas inglês, espanhol e português e data de publicação, incluindo artigos publicados entre 2018 e 2024, visando trazer informações mais recentes. Como critérios de exclusão, removemos artigos que não apresentavam-se na íntegra em meio de publicação, que foram escritos em outros idiomas ou que não se relacionavam com o tema proposto nesta revisão. Na plataforma PUBMED, 29 artigos foram encontrados e destes, 7 foram incluídos. Dos trabalhos excluídos, 12 não estavam disponíveis na íntegra, 10 não se relacionavam ao tema e um artigo se apresentava de forma repetida. Da base de dados LILACS, os dois artigos encontrados foram incluídos neste trabalho.
A KTP apresenta benefícios, principalmente estético, em olhos sem acuidade visual e deve ser apenas realizado sob indicação médica, contribuindo com a autoestima e aceitação social. Oposto se realizado em olhos com acuidade adequada, neste caso, não é indicado. Pode apresentar benefícios funcionais, solucionando sintomas visuais debilitantes, como dispersão de luz, fotofobia intensa, diplopia incapacitante e casos de aniridia pós-traumática ou coloboma da íris. Os riscos são: reações tóxicas locais ou difusão do pigmento inicial e perfuração de córnea. Podem ocorrer complicações pós procedimento como dor local, olhos secos, vermelhidão, fotofobia, limitação de campo visual, mudança da cor do pigmento, alterações em exames de ressonância magnética ocular e neovascularização. Nos casos estéticos em olhos com acuidade, são necessários mais estudos para confirmar a segurança do procedimento.

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