Dados do Trabalho
Título
PERFIL EPIDEMIOLOGICO DAS ANOMALIAS CONGENITAS OCULARES NAS REGIOES NORTE E NORDESTE DO PERIODO DE 2017 A 2021
Resumo
Introdução
As Anomalias Congênitas Oculares são caracterizadas por alterações no desenvolvimento do tecido ocular durante a fase embrionária. A origem dessas modificações pode ser genética; ambiental ou desconhecida. Nesse sentido, as alterações podem ser malformações na pálpebra; ruptura de estrutura uveal e distrofias retinianas. Além disso, a mortalidade pelo quadro se relaciona com a disponibilidade de meios diagnósticos, por meio de testes genéticos que avaliam o microarranjo cromossômico e testes que verificam a relação com anomalias craniofaciais congênitas.
Objetivo
Avaliar o perfil epidemiológico dos casos de anomalias congênitas oculares (ACOs) durante o período de 2017 e 2021 no norte e nordeste com objetivo de comparar a prevalência dos casos por semana de gestação.
Método
Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo e quantitativo com bases nos dados secundários fornecidos pelo Sistema de informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) do Departamento de informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram analisados os casos de anomalias congênitas oculares nas regiões norte e nordeste entre janeiro de 2017 a dezembro de 2021 por período gestacional.
Resultado
Entre os 574 casos correspondentes ao período estudado, as ACOs foram mais prevalentes em nascimentos entre 37 e 41 semanas gestacionais, com esse período sendo responsável por 64% das anomalias ou defeitos congênitos detectados. Dentre as demais gestações, 0,17% das ACOs foram encontradas em nascidos com período gestacional inferior a 22 semanas, 1,04% entre 22 e 27 semanas, 4% entre 28 e 31 semanas, 26% entre 32 e 36 semanas e 1,04% com mais de 42 semanas. Não houve descrição em 1,5% dos casos. Os grupos de malformações congênitas mais observados foram pálpebras 150 casos (26,1%); microftalmia 74 casos (21,9%); anoftalmia 45 casos (12,8%) e catarata congênita 22 casos (3,83%).
Conclusão
Os dados revelam a maior prevalência de ACOs em gestações de 37 a 41 semanas, com dominância em malformações que acometem a pálpebra (26,13%). A partir de um perfil epidemiológico, políticas públicas podem ser desenvolvidas na tentativa de minimizar o impacto da ACOs na população da região Norte e Nordeste.
Referências Bibliográficas
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Área
OUTROS (trabalhos)
Categoria
Oral
Instituições
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ - Pará - Brasil
Autores
JOAO VICTOR DE PAULA CUNHA, GUNNAR LOPES BITENCOURT, LETICIA RIBEIRO DOS SANTOS, LUCAS DIAS SILVA, AMANDA BEATRIZ PINHEIRO MACEDO, LETÍCIA HOMCI MORAIS SABATHÉ, CECÍLIA RIBEIRO GUERRA