Congresso SBO 2024

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇAO MULTIMODAL DO MELANOMA DE COROIDE: RELATO DE CASO

Resumo

INTRODUÇÃO
O melanoma de coroide (MC) é um tumor coroidal maligno, que pode afetar estruturas adjacentes além da coroide, como o corpo ciliar. É o tumor maligno ocular mais frequente com alta probabilidade de metástase. A alteração nos melanócitos do epitélio é a patogênese do quadro. Os tumores podem ser pigmentados e em forma de cúpula. Os sintomas podem ser inespecíficos como moscas volantes e baixa acuidade visual (AV). O perfil genético; a idade acima de 50 anos e o estilo de vida são fatores de risco1. O objetivo desse estudo é relatar a avaliação multimodal do MC, a fim de aprofundar o conhecimento sobre essa doença.
DESCRIÇÃO DO RELATO DE CASO
l. A. B. M, feminino, 64 anos, antecedente de CA pulmonar + metástase óssea e HAS. Encaminhada à oftalmologia com suspeita de melanoma em OE. Ao exame: AV em OD de 20/20 e no OE 20/30p; Tonometria (PIO) de 17 mmHg em ambos os olhos. A Retinografia em OD papila normal, escavação papilar 0,4; mácula sem alteração; retina aplicada e do OE disco normal; vasos fisiológicos; lesão pigmentada em região macular com hipopigmentação temporal medindo 4 mm com pigmentos alaranjados (Imagem A), retina aplicada e periferia normal. Ao exame de autofluorescência, OD representa o padrão fisiológico da autofluorescência e OE observa-se a lesão pigmentada com hiperautofluorescência; disco óptico, mácula e periferia retiniana sem alterações, área de hipoautofluorescência macular de aproximadamente 2,5 Dp com área temporal e inferior à lesão com hiperautofluorescência patológica, sugestiva de metaplasia do epitélio pigmentar da retina (EPR) (Imagem B e C). O Ultrassom (USG) de OE (Imagem D) evidenciou lesão sobre-elevada de parede com ecogenicidade heterogênea média para alta medindo 6,78 mm x 1,96 mm e (Imagem E) de 5,31 mm. A paciente foi encaminhada para o centro de referência para tratamento com Braquiterapia e Termo Terapia Transpupilar (TTT) adjuvante.
DISCUSSÃO
A avaliação multimodal com exames de imagem em retina é essencial para o diagnóstico de MC, mas também para afastar outras hipóteses, como a Coroidopatia Puntata Interna e distrofias retinianas. Essa análise verifica alterações morfológicas e degenerativas na retina e EPR, por meio da comparação de imagens com a fisiologia do tecido. Além disso, é uma estratégia que permite avaliar recidivas da doença e, também, observar a resposta tecidual ao plano terapêutico.2,3
CONCLUSÃO
O diagnóstico precoce do MC pode favorecer a terapêutica adequada e aumentar a sobrevida global.

Referências Bibliográficas

1-Lai YS, Shatriah I, Lo YL, Koh KL, Kogilavaani J. A Choroidal Melanoma With Ciliary Body Involvement in a Young Female. Cureus. 26 mar 2024
2-Yao N, Ma Q, Yi W, Zhu Y, Liu Y, Gao X, Zhang Q, Luo W. Artesunate attenuates the tumorigenesis of choroidal melanoma via inhibiting EFNA3 through Stat3/Akt signaling pathway. J Cancer Res Clin Oncol. 17 abr 2024. 150(4).
3-Sonntag SR, Hamann M, Seifert E, Grisanti S, Brinkmann R, Miura Y. Detection sensitivity of fluorescence lifetime imaging ophthalmoscopy for laser-induced selective damage of retinal pigment epithelium. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 8 abr 2024.

Área

ONCOLOGIA (trabalhos)

Categoria

Pôster Eletrônico

Instituições

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ - Pará - Brasil

Autores

JOAO VICTOR DE PAULA CUNHA, LETICIA RIBEIRO DOS SANTOS, LUCAS DIAS SILVA, AMANDA BEATRIZ PINHEIRO MACEDO, LETICIA HOMCI MORAIS SABATHÉ, CECÍLIA RIBEIRO GUERRA, LUCCIANO AUGUSTO XIMENES NORAT, THAIS SOUSA MENDES