Dados do Trabalho

Título

MANEJO DA SINDROME DO OLHO SECO COM OMEGA-3: EVIDENCIAS DA LITERATURA ATUAL

Resumo

Introdução: A síndrome do olho seco cursa com sintomas como fadiga ocular, queimação, sensação de corpo estranho e distúrbios visuais. Também há a forma assintomática. A condição pode ser exacerbada por exposição excessiva às telas, condições ambientais como baixa umidade do ar e uso de Isotretinoína. O diagnóstico do olho seco é desafiador, por não possuir uma padronização. Ele pode ser avaliado por meio de testes subjetivos, com os questionários disponíveis. Há também testes objetivos, como o exame do Tempo de Ruptura do Filme Lacrimal (TBUT), Teste de Schirmer, imagem da Glândula de Meibomius e avaliação da espessura da camada lipídica. O tratamento possui como base o uso de lágrimas artificiais. Diversas outras alternativas têm sido testadas para complementar esse manejo, no entanto, com eficácias duvidosas. Objetivo: Avaliar a eficácia do uso de Ômega-3 no tratamento do olho seco. Métodos: Revisão da literatura, baseada em dados captados no PubMed e Acta Ophthalmológica. Foram encontrados 15 artigos na primeira plataforma citada, entre os anos de 2020-2023, com os termos: “omega-3” AND “dry eye”. Destes, 3 foram escolhidos para compor o presente estudo. Na Acta Ophthalmológica, 1 artigo foi selecionado. Totalizaram-se, portanto, 4 artigos escolhidos. O critério de inclusão foi: Ensaios Clínicos Controlados e Randomizados realizados em humanos portadores da síndrome do olho seco ou Revisão Sistemática com Meta-análise, com grupo de intervenção em suplementação por via oral de Ômega-3 e grupo controle em uso de placebo. Resultados: A população total avaliada nos artigos selecionados foi de 2635. Os estudos com maior número de “n” mostraram que houve uma pequena diferença entre aqueles que receberam a suplementação e os que não receberam, ao longo de 6-12 meses. Dentre essas diferenças, destacam-se: melhoria nos sintomas do olho seco, aumento do TBUT e nas pontuações médias de Schirmer (com baixo poder estatístico em alguns estudos), redução na osmolaridade do filme lacrimal e aumento na densidade de células caliciformes. Os possíveis efeitos benéficos são devido a modificação nos lipídios intracelulares das glândulas lacrimais. Conclusão: Ainda não há evidências suficientes para indicar ou não o Ômega-3 no manejo da síndrome do olho seco. É imprescindível estabelecer um consenso sobre sua definição e realizar estudos mais direcionados à etiologia específica do olho seco, para que se obtenha evidências mais robustas.

Referências Bibliográficas

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