Dados do Trabalho

Título

INTERNAÇOES HOSPITALARES POR DESLOCAMENTO E DEFEITOS DA RETINA EM ADULTOS E IDOSOS NO BRASIL: UM ESTUDO ECOLOGICO (2013-2023)

Resumo

INTRODUÇÃO: Diversas patologias genéticas, traumáticas, idiopáticas ou senis podem acometer a retina e evoluir com gravidade, gerando deslocamento de retina até cegueira. No Brasil, são muito prevalentes a degeneração macular relacionada à idade e a retinopatia diabética. Nesses casos, a detecção e encaminhamento para conduta especializada são urgentes para evitar acometimentos permanentes. OBJETIVO: Analisar os dados sobre as internações por descolamento e defeitos da retina no Brasil entre 2013 a 2023. MÉTODOS: Estudo ecológico, de abordagem quantitativa, utilizando os dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), disponibilizados no Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Considerou-se os dados relacionados à internação por descolamentos e defeitos da retina nos dez anos mais recentes de pacientes com 20 anos ou mais disponíveis no sistema. As variáveis utilizadas foram: número de internações, idade, sexo, ano de atendimento, caráter de atendimento e região. Os dados coletados foram organizados em planilhas do Microsoft Excel e analisados por estatística descritiva. RESULTADOS: De 2013 a 2023, houve 236.056 internações por descolamentos e defeitos de retina no Brasil, sendo a Região Sudeste com mais internações, 103.518 (43,85%) e a Região Norte com menor número registrado, 10.109 internações (4,28%). Quanto ao sexo, as internações foram maiores no sexo masculino em todas as regiões, acumulando 56,44% (133.234). A faixa etária com mais internações foi a de 50-79 anos, que representou 73,91% do total. O número de internações aumentou todos os anos, exceto em 2020, quando houve redução de 16,68% em relação a 2019. Em 2021, o número de internações voltou a superar o ano anterior, aumento de 24,77% comparado a 2020 e de 3,96% em relação a 2019. Sobre o caráter de atendimento, as internações eletivas representaram 84,48% em relação ao total, enquanto as internações de urgência somam apenas 15,52%. CONCLUSÃO: Conclui-se que o problema afeta expressivamente a população, com um aumento nas internações ao longo dos anos, exceto em 2020 devido a uma redução provavelmente relacionada à pandemia de COVID-19. A região Sudeste concentra a maioria das internações. Homens apresentam uma taxa mais alta de internação em todo país, e as pessoas mais afetadas são aquelas entre 50 e 79 anos. A maioria das internações é eletiva, mostrando a necessidade de intervenções planejadas e estratégias de prevenção para lidar com esse desfecho oftalmológico.

Referências Bibliográficas

1. Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Portal da Vigilância em Saúde. Sistema de Informações Sobre Morbidade Hospitalar do SUS, 2024. Disponível em: https://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-saude-tabnet/. Acesso em: 20 de abril de 2024.

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