Dados do Trabalho

Título

PERFIL DE AVALIAÇAO DA ACUIDADE VISUAL E DE DISCROMATOPSIAS EM CRIANÇAS EM IDADE ESCOLAR NO BRASIL

Resumo

INTRODUÇÃO: A discromatopsia refere-se a qualquer tipo de defeito na percepção das cores, geralmente identificada durante o período escolar. A alteração de acuidade visual, englobada conceitualmente como “visão subnormal”, classifica-se, para fins práticos, como deficiência visual ainda não corrigida ou incorrigível, que gera a baixa acuidade visual (BAV).
OBJETIVO: Investigar a precisão e a utilidade dos Testes das Cores e de Snellen no diagnóstico de discromatopsias e na mensuração da acuidade visual, visando aprimorar as estratégias de intervenção e tratamento de distúrbios visuais.
METODOLOGIA: Este estudo consiste em uma análise epidemiológica descritiva e retrospectiva, de cunho quantitativo. Os dados foram extraídos do DATASUS, abrangendo o período de 2019 a 2023. Foram analisados os procedimentos médicos “Teste de Visão das Cores” e “Avaliação de Potencial de Acuidade Visual”. Para a análise, os dados foram segmentados segundo variáveis demográficas e geográficas específicas: sexo, faixa etária, Unidade Federativa de residência e ano em que o procedimento foi realizado. A seleção e tratamento dos dados foram realizados através de técnicas estatísticas apropriadas para estudos de grande escala, garantindo a representatividade e a confiabilidade dos resultados obtidos.
RESULTADOS: No período analisado, foram registrados 26.374 Testes de Visão das Cores, com predominância de execução na região Sul do Brasil. Observou-se a ausência de registros para a investigação de discromatopsias em unidades federativas como Acre, Rondônia, Maranhão, Piauí, Mato Grosso e Distrito Federal (Tabela 1 e 2). Em contraste, o Teste de Snellen foi aplicado em 78.600 ocasiões, destacando-se uma maior frequência na região Sudeste (Tabela 3 e 4). Notavelmente, os estados do Acre, Rondônia, Maranhão, Piauí, Alagoas e Distrito Federal contribuíram minimamente para o total, representando apenas 0,06% dos procedimentos documentados.
CONCLUSÃO: A análise mostra uma distribuição heterogênea nas triagens para discromatopsias e BAV no Brasil, indicando potenciais problemas de execução ou subnotificação. O uso triplo do Teste de Snellen em relação ao de Ishihara revela preocupações com diagnósticos tardios e disparidades no acesso à saúde visual.

Referências Bibliográficas

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