Dados do Trabalho

Título

DRUSAS DE DISCO EM PACIENTE COM HIPERTENSAO OCULAR: A DECISAO DE TRATAR OU NAO COM COLIRIO HIPOTENSOR

Resumo

INTRODUÇÃO:
A IDENTIFICAÇÃO DE DANO GLAUCOMATOSO EM PACIENTES QUE APRESENTAM DRUSAS DE DISCO ÓPTICO (DDO) E HISTÓRICO DE HIPERTENSÃO OCULAR É UM DESAFIO, E A DECISÃO DE TRATAR OU NÃO COM COLÍRIOS HIPOTENSORES É CONTROVERSA. AQUI APRESENTAMOS UM RELATO DE CASO DE UMA PACIENTE QUE APRESENTA HIPERTENSÃO OCULAR E DRUSAS DE DISCO, COM ALTERAÇÕES NOS EXAMES CAMPO VISUAL COMPUTADORIZADO (CVC) E TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA (OCT).
DESCRIÇÃO:
PACIENTE DO SEXO FEMININO, 61 ANOS, SEM COMORBIDADES, COMPARECE EM AMBULATÓRIO DE GLAUCOMA PARA CONSULTA DE ROTINA. APRESENTA HISTÓRICO DE HIPERTENSÃO OCULAR, EM USO DE TIMOLOL COLÍRIO EM AMBOS OS OLHOS (AO) HÁ 06 MESES. DESEJA AVALIAR A SUSPENSÃO DO COLÍRIO. NEGA HISTÓRIA FAMILIAR DE GLAUCOMA. AO EXAME OFTALMOLÓGICO: AVcc: 20/20 E J1 AO, BIOMICROSCOPIA SEM ALTERAÇÕES EM AO, PIO: 18/19 mmHG, FUNDOSCOPIA: AO: ESCAVAÇÕES PEQUENAS, RIMA PRESERVADA EM AO, APRESENTANDO DDO TEMPORAL EM AO. REALIZADO PROPEDÊUTICA DE GLAUCOMA: 1. CVC: ESCOTOMAS PROFUNDOS TEMPORAL SUPERIOR E TEMPORAL INFERIOR EM AO. 2. OCT AO: REDUÇÃO DAS CAMADAS DE FIBRAS NERVOSAS DA RETINA (CFNR) TEMPORAL, E REDUÇÃO SUPERIOR E INFERIOR DA CAMADA DE CÉLULAS GANGLIONARES (CCG). 3. RETINOGRAFIA: DDO TEMPORAL EM AO, SEM OUTRAS ALTERAÇÕES. 4. CURVA DE PRESSÃO OCULAR (CDPO): 19-18-20 // 19-19-20 mmHG. 5. ECO B: IMAGEM HIPERECOGÊNICA SUGESTIVA DE CALCIFICAÇÃO EM TOPOGRAFIA DE DISCO ÓPTICO (DO) EM AO. ORIENTADO A PACIENTE SOBRE A DIFICULDADE DE DEFINIR SE AS ALTERAÇÕES ENCONTRADA NOS EXAMES ESTÃO RELACIONADAS AS DRUSAS OU A POSSÍVEL DANO GLAUCOMATOSO, E OPTADO POR MANTER O USO DO COLÍRIO HIPOTENSOR E CONTROLE SEMESTRAL COM NOVA PROPEDÊUTICA DE GLAUCOMA.
DISCUSSÃO:
DISTINGUIR ALTERAÇÕES DO NERVO ÓPTICO, PARTICULARMENTE ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS NA LÂMINA CRIBOSA DE NEUROPATIA ÓPTICA GLAUCOMATOSA, NA PRESENÇA DE DRUSAS DE DISCO, É UM DESAFIO. CONSIDERAÇÕES CUIDADOSAS DE FATORES DE RISCOS COMO IDADE E INDICADORES DE PROGRESSÃO DEVEM SER CONSIDERADOS NA DECISÃO DE OFERECER TRATAMENTO AO PACIENTE. PODEMOS CONSIDERAR A PRESENÇA DE DRUSAS DE DISCOS EM PACIENTES COM HIPERTENSÃO OCULAR COMO UM FATOR DE RISCO ADICIONAL PARA A PROGRESSÃO DE ALTERAÇÕES NAS CFNR, QUE PRECISA SEMPRE SER CONSIDERADO NA DECISÃO DO TRATAMENTO.
CONCLUSÃO:
MAIS ESTUDOS NESSA ÁREA SÃO NECESSÁRIOS PARA DETERMINAR SE A PROGRESSÃO DA NEUROPATIA ÓPTICA, NA COEXISTÊNCIA COM DRUSAS DE DISCO E HIPERTENSÃO OCULAR, É UM MECANISMO RELACIONADO PREDOMINANTEMENTE AS DRUSAS, A UM PROCESSO GLAUCOMATOSO OU A AMBOS OS FATORES.

Referências Bibliográficas

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