Dados do Trabalho

Título

REGISTRO EPIDEMIOLOGICO DE NEOPLASIAS MALIGNAS, NO SISTEMA UNICO DE SAUDE, NO PERIODO DE 2012 A 2022.

Resumo

Introdução:
As neoplasias malignas representam importante desafio para a saúde pública em todo o mundo. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) desempenha papel fundamental no tratamento e acompanhamento desses casos. O objetivo deste estudo foi analisar os registros epidemiológicos de internações por câncer ocular no SUS, no período de 2012 a 2022, a fim de fornecer uma visão abrangente do panorama dessas doenças no país e identificar o perfil do paciente que é acometido.

Métodos:
Realizou-se análise dos dados obtidos a partir do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, consultando o sistema de Declaração de Morbidade Hospitalar do DATASUS, contabilizando registros por internação por neoplasia maligna em olho e anexos, categoria que engloba condições como o retinoblastoma, linfoma ocular, melanoma maligno entre outros. Foram incluídos pacientes com diagnóstico de neoplasias malignas durante o período de 2012 a 2022. Foi adotada a décima revisão do Código Internacional de Doenças – CID-10, sob o código C69 (Neoplasia maligna do olho e anexos).

Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico de registros por neoplasias malignas da região ocular, no Brasil, na última década.

Resultados:
Entre 2012 a 2022, foram registradas um total de 23.159 internações por câncer ocular, responsáveis por um custo total de 23.6 milhões de reais com custo médio de internação de 1.020,74 reais. Não houve diferenças significativas quanto ao sexo, sendo 12.677 do sexo masculino e 10.482 feminino. A faixa etária com maior prevalência de internações por câncer ocular foi de 1 a 4 anos, representando 8.744 casos, seguida de 60 a 69 anos, com 2.397 casos, 70 a 79 anos, com 2.073 casos, 50 a 59 anos, com 1.943 casos, menores de 1 ano e 5 a 9 anos com representações de 1.731 e 1.584 casos, respectivamente, obtendo concentração entre menores de 1 ano a 9 anos, responsáveis por 52,09% do total das internações dessa população. A distribuição geográfica mostrou uma prevalência maior nas regiões sudeste do país, com 56,70% dos casos registrados.

Conclusão:
Os registros de internações por câncer ocular no SUS entre os anos 2012 e 2022 revelam um panorama complexo dessas doenças no Brasil. Os resultados obtidos fornecem subsídios para a implementação de estratégias de combate, visando reduzir o impacto dessas neoplasias na população. Desse modo, a identificação precoce é essencial no contexto oftalmológico para a preservação da função visual e prevenção de metástases nos pacientes acometidos.

Referências Bibliográficas

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