Quanto a luminância interfere na acuidade visual? Um estudo de campo durante o internato de saúde coletiva da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG.
O trabalho tem dois objetivos, o primeiro é a avaliação da acuidade visual de estudantes em uma escola publica do município de rubim durante o internato rural . O segundo objetivo é a avaliação de parte dessas crianças em condições diferentes, a e a segunda sob sol intenso (outdoor).
Critérios de inclusão: A amostra compreendeu crianças de idade entre 6 e 19 anos, do primeiro ao nono ano do ensino fundamental que estavam presentes na escola no dia do exame.
Critérios de exclusão: Não foi aferida acuidade visual de crianças que não compareceram ou se recusaram a realizar o teste.
Foi aferida acuidade visual por meio da tabela de Snellen “optótipos E” de papel à distância de 6,1 metros(20 pés). Cada olho foi avaliado separadamente.
O exame foi realizado em 2 ambientes diferentes:
-Indoor: Sob luz artificial ( sala de aula com as janelas abertas)
-Outdoor: Sob natural (luz solar intensa) , sem a presença de nuvens)*
* Importante salientar que a luz solar incidiu diretamente na tabela e não contra os olhos do examinado.
As crianças que usavam óculos foram avaliadas de óculos.
Foram examinados 709 estudantes no total, sendo que 100% desses realizaram exame indoor e 21% realizaram exame indoor e outdoor;
Indoor: da totalidade de estudantes examinados, 118 (17%) apresentaram alteração na acuidade visual, dessas 58 (49)% apresentaram alteração em ambos olhos;
Outdoor: dos 149 estudantes examinados, 22 (15%) apresentaram alteração na acuidade visual, dessas 11 (50%) apresentaram alteração em ambos os olhos;
Da relação entre os 149 estudantes que realizaram exame indoor e outdoor; temos: 118 sem alteração indoor, sem alteração outdoor; 5 sem alteração indoor, com alteração outdoor; 17 com alteração indoor, com alteração outdoor; 9 com alteração indoor, sem alteração outdoor;
Média indoor: 1,04 (DP=0,31), média de acuidade de 20/20. Média outdoor: 1,21 (DP=0,38), o que equivale a algo como 20/15 (média de acuidade de 20/15). A diferença mostrou-se significativa (p<0,001).
Deve-se considerar a luminância como um fator interferente no resultado dos exames, vez que o ambiente. Fica o questionamento sobre a acurácia no método de aplicação das tabelas de Snellen usadas nos consultórios oftalmológicos e sua precisão ao identificar a acuidade visual dos indivíduos.
A escola avaliada reflete parte da realidade onde estudantes carecem de avaliação e intervenção oftalmológica de grande impacto em suas vidas.
Geral
UFMG - Minas Gerais - Brasil
ANDRE LUIZ BRESSAN MOREIRA PEREIRA, GALTON CARVALHO VASCONCELOS, CARLA JORGE MACHADO, LARISSA HEILBUTH CACHAPUZ DRAGER, MARCELO BARATZ KAC