Dados do Trabalho


Título

ANGIOFLUORESCEINOGRAFIA PANFUNDOSCÓPICA COM CONTRASTE ORAL EM CRIANÇAS PARA AVALIAÇÃO DE EXTREMA PERIFERIA RETINIANA

Objetivo

Relatar a importância do exame de angiofluoresceinografia panfundoscópica com fluoresceína oral no diagnóstico precoce de patologias retinianas periféricas.

Relato do caso

Três pacientes do sexo masculino, de faixa etária entre 3 e 5 anos, foram submetidos a retinografia colorida e angiofluoresceinografia panfundoscópica (California UWF™/Optos). Todos os pacientes apresentavam ao exame fundoscópico exsudação macular unilateral. Os pacientes receberam duas ampolas de fluoresceína 10% misturadas em 30mL de suco de frutas. As imagens foram obtidas durante 5 a 20 minutos da ingestão do contraste. Foi possível a visualização da extrema periferia retiniana com boa resolução e em uma única imagem. Observou-se, em todos os pacientes, achados compatíveis com doença de Coats: aumento da tortuosidade e dilatação vascular, exsudatos maculares e em periferia, descolamento exsudativo na retina periférica temporal e edema macular.

Discussão

As informações sobre a perfusão da retina, extravasamento vascular e neovascularização obtidas pela angiofluoresceinografia são fundamentais para o diagnóstico e manejo de doenças que envolvem a retina periférica.
A retinografia colorida e a angiofluoresceinografia panfundoscópicas facilitam a visualização da periferia retiniana, auxiliando na definição do diagnóstico e evitando exame de mapeamento de retina sob narcose. Esse exame é a mais recente tecnologia na evolução da angiografia de fundo, com a capacidade de capturar até 200º do fundo do olho (a padrão captura 30º-60º) em uma única imagem, possibilitando que uma patologia retiniana periférica possa ser facilmente visualizada. As imagens da mácula e retina periférica são de alta resolução e contraste suficiente para fornecer o diagnóstico nas crianças com doenças retinianas. Além disso, esse exame pode ser realizado com a fluoresceína oral em alternativa a intravenosa, principalmente quando essa é difícil de ser realizada ou é recusada pelos pacientes, o que é extremamente benéfico na faixa etária pediátrica.

Área

Geral

Autores

Olívia Moura de Paula Ricardo, Júlia Carvalho Barbosa, Senice Alvarenga Rodrigues Silva, Daniel de Pinho Botelho, Fabio Borges Nogueira