OCLUSÃO DE RAMO DE VEIA CENTRAL DA RETINA COM ACOMETIMENTO CONTRALATERAL EM MENOS DE UM MÊS.
Relatar um caso de oclusão de ramo de veia central da retina com acometimento incomum contralateral, e em menos de um mês.
V.M.S.L, sexo feminino, 65 anos, hipertensa e diabética, apresentou para consulta de rotina no departamento de glaucoma do Centro Oftalmológico de Minas Gerais em novembro de 2017. Ao exame: pressão intra-ocular (PIO) olho direito (OD) 30mmHg e olho esquerdo (OE) 24 mmHg; escavação 0,5/0,7 com hemorragia de disco óptico e afinamento temporal de rima neural. Iniciado tratamento do glaucoma com Brinzolamida e Timolol. Após 14 dias, paciente retornou com PIO OD 20 mmHg e OE 16 mmHg, sendo associada Prostaglandina ao tratamento. Paciente retornou 06 meses após, com tratamento prévio, ainda com PIO alta: OD 20 mmHg e OE 36 mmHg. Nesse retorno paciente referiu baixa acuidade visual (BAV) em OD no dia 01/03/18, seguido de BAV em OE no dia 19/03/18. Angiofluoresceinografia de 10/05/2018 evidenciava oclusão de ramo superior de veia central da em OD e de ramo inferior de veia central em OE, além de edema macular tardio bilateral. Paciente foi submetida a injeção intra vítrea de ANTI-VEGF em ambos os olhos e ainda está em acompanhamento oftalmológico.
O risco de oclusão de veia central da retina acometer o olho contralateral é de 1% a cada ano e 7% no período de um ano. Nas ORVCR somente 10% dos casos tem acometimento bilateral. Sendo assim, o caso relatado destaca-se pela raridade de acometimento binocular em ORVCR, além do tempo de acometimento contralateral inferior a um mês.
Geral
LUCIANA PAIVA LOPES FIGUEIREDO, CLARICE FREIRE DAYRELL DE SOUZA, EDUARDO DE CASTRO MIRANDA DINIZ, EMÍLIO RINTARO SUZUKI JUNIOR, GUSTAVO MURADAS SAN MARTIN REIS, REINALDO OLIVEIRA SIEIRO JUNIOR