Dados do Trabalho


Título

PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ATENDIDOS EM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM BAIXA VISÃO NO ESTADO DE MINAS GERAIS – BRASIL

Objetivo

Conhecer as características da demanda em baixa visão de forma precisa é fator importante para elaboração de políticas públicas em saúde visual na atualidade. Esse estudo tem como objetivo analisar o perfil clínico, epidemiológico e social dos pacientes com baixa visão atendidos nos últimos três anos no ambulatório do Centro de Reabilitação em Baixa Visão “Professor Nassim Calixto”- Hospital São Geraldo- HC/UFMG.

Métodos

Realizou-se análise retrospectiva de 332 prontuários de pacientes atendidos no ambulatório entre 2015 e 2017.

Resultados

A análise dos prontuários demonstrou que a maior parte dos pacientes encontra-se na faixa etária de 07 a 18 anos (48,80%) e pertence ao sexo masculino (53,78%). São residentes em Belo Horizonte e região metropolitana (51,51%), sendo os demais, provenientes do interior do estado de Minas Gerais, predominantemente. Cerca de 56% dos avaliados, referiram alguma comorbidade sistêmica e a hipertensão arterial foi a mais frequente (27,81%). As doenças oculares associadas mais encontradas foram nistagmo (23,80%) e catarata (14,16%). Com relação à causa primária da baixa visão, destaca-se a retinocoroidite por toxoplasmose como doença mais prevalente (17,17%). Ao procurar pelo ambulatório de baixa visão, os pacientes buscaram dentre os objetivos para longe, principalmente: facilitar locomoção (16,5% das demandas), melhorar visão para escola (22,17% das demandas) e melhorar visão para trabalho (14,78% das demandas). Os objetivos para perto mais citados, foram: maior facilidade para leitura (30,27% das demandas) e maior facilidade nas atividades escolares (23,78% das demandas). Dentre as principais prescrições realizadas no ambulatório, destacam-se as prescrições ópticas para correção de ametropias/presbiopia (30,68% do total de prescrições), prescrições de sistemas telescópicos para longe (20% do total de prescrições) e prescrições de lupas de apoio (cerca de 12% do total de prescrições).

Conclusões

A maior prevalência de baixa visão ocorre entre crianças e adolescentes. A população estudada apresenta baixa escolaridade. Toxoplasmose ocular configura-se como principal fator causador de baixa visão. Óculos para correção de ametropias e presbiopia, sistemas telescópicos para longe e lupas de apoio foram os principais recursos ópticos prescritos.

Área

Geral

Autores

RENATA PEREIRA ANTUNES, DANIEL VITOR VASCONCELOS SANTOS, LUCIENE CHAVES FERNANDES, GALTON CARVALHO VASCONCELOS, CAROLINE REIS