Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE DAS AMETROPIAS EM CRIANÇAS DE 5 A 16 ANOS, AVALIADAS EM 2014 E 2017 NA FUNDAÇÃO HILTON ROCHA, BELO HORIZONTE, MG

Objetivo

O objetivo desse trabalho é avaliação da prevalência das ametropias nos pacientes com idade entre 5 a 16 anos, atendidos na Fundação Hilton Rocha durante os anos 2014 e 2017.

Métodos

Trata-se de estudo transversal e retrospectivo. Coleta secundária de dados dos prontuários de pacientes atendidos de janeiro a dezembro de 2014 e 2017. Em 2017 e 2014 foram identificados 2053 e 1888 pacientes respectivamente; 600 pacientes de cada ano foram selecionados de forma randomizada para a coleta de dados; após excluir prontuários com inconsistência de dados, restaram 471 (2017) e 460 (2014) prontuários para análise de dados, totalizando 931 prontuários.

Resultados

Observou-se maior frequência do sexo feminino 53% e nas faixas etárias: 9 a 12 e 12 a 15 anos, ambos com 35%. A idade média foi de 10,54±2,60 e cerca de 92% dos pacientes são provenientes de Belo Horizonte.
As taxas de ametropias esféricas foram: 56% dos casos de hipermetropia; 17% de miopia; 26% de emetropia. A faixa etária de maior prevalência de hipermetropia foi de 6 a 9 anos com 74% e a de miopia foi a de 12 a 15 anos com 25%.
As ametropias cilíndricas foram: 54% sem astigmatismo; 29% com astigmatismo com a regra; 9% com astigmatismo obliquo; 6% com astigmatismo contra a regra. A faixa etária que apresentou maiores valores de astigmatismo ocorreu de 12 a 15 anos com 49%, sendo 27% a favor da regra. Correlacionando as ametropias esféricas com as cilíndricas, verificamos que os pacientes míopes foram os que mais apresentaram astigmatismo (63% ) e que as hipermetropias e emetropias empataram com taxa de 41% de astigmatismo associado.
Com relação a anisometropias, verificamos presença em 17% dos pacientes, sendo 2% antimetropia e 15% isoanisometropia. Os paciente míopes foram quem apresentaram maior taxa de anisometropias com 35%, sendo 5% antimetropia.

Conclusões

Este estudo mostrou que a maioria dos pacientes de 6 a 15 anos foram considerados hipermetropes no ano de 2014 e 2017 na Fundação Hilton Rocha. Houve um aumento da miopia proporcional a idade, sendo a faixa etária de 12 a 15 a maior taxa de miopia. A maioria dos pacientes não apresentou astigmatismo, mas quando presente, a maioria foi a favor da regra. O pacientes que apresentaram as maiores taxas de astigmatismo foram os míopes e os da faixa etária de 12 a 15 anos. A maioria dos pacientes não apresentam anisometropias, mas quando observada, a mais comum foi a isoanisometropia. Os pacientes míopes foram os que apresentaram a maior taxa de anisometropias.