Dados do Trabalho


Título

USO DE PRÓTESES RETINIANAS ALPHA AMS NA DISFUNÇÃO VISUAL SEVERA: UM ESTUDO DE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Objetivo

Identificar na literatura evidências do papel das próteses retinianas Alpha AMS, na melhora da qualidade de vida em pacientes com disfunção visual severa.

Métodos

Foram selecionados artigos das bases PUBMED, LILACS e SCIELO publicados entre 2013 e 2018. Utilizados os descritores: retinal chip, artificial retina, retinal implant, retinal implant technology, retinal prothesis, Alpha AMS e os seus correspondentes em português.

Resultados

A busca retornou 296 artigos; selecionados 39 artigos referentes às diretrizes, artigos de revisão, revisão sistemática, meta-análise e consensos. Destes, foram escolhidos os 15 artigos com maior correspondência ao tema.

Degenerações retinianas hereditárias são um grupo de doenças genéticas de graus variáveis de severidade, as quais são a causa mais comum de cegueira na população em idade ativa. Dentre elas a mais prevalente é a Retinose pigmentar. Muito embora alguns tratamentos como a terapia celular, terapia gênica, visão artificial e estimulação elétrica têm mostrado resultados promissores ainda não há cura efetiva para a doença. As próteses retinianas (visão artificial) receberam aprovação para uso em humanos nos anos de 2011 (Argus II) e 2013 (Alpha IMS, um precursor do dispositivo Alpha AMS) e têm mostrado resultados positivos em alguns pacientes, restaurando precariamente a visão destes o suficiente para o reconhecimento parcial de objetos e a percepção rudimentar de detalhes. O implante Alpha AMS consiste em um chip de metal semicondutor de com 1.600 células de pixel ou "pixel cells". Cada célula inclui um fotodiodo, um amplificador e um eletrodo estimulador. O chip é implantado entre a retina e o epitélio pigmentado da retina, e cada célula de pixel estimula as células bipolares de acordo com a intensidade da luz incidente.
Nos estudos, foram realizados diversos testes, com o chip desligado e ligado para comparação, os quais incluem reconhecimento de objetos (forma, posição no espaço, quantidade), coordenação entre olhos e mãos, a acuidade visual, percepção de luz e de gradientes de cores. E foi possível perceber uma melhora significativa em todos os quesitos supracitados quando o dispositivo estava ligado.

Conclusões

O uso de próteses retinianas é uma alternativa muito promissora, o desafio atual é criar modelos que aprimorem a qualidade da imagem desses aparelhos e possam proporcionar a restauração da capacidade de leitura, o reconhecimento facial e a detecção de cores.

Área

Geral

Autores

SERGIO GARZON BATISTA NANI, CAROLLINE RODRIGUES MENEZES, PATRÍCIA VENTURI BITENCOURT, LUCIANA NEGRÃO ALMEIDA MORAIS