DEGENERAÇÃO VITELIFORME: RELATO DE CASO
OBJETIVO: Enriquecer o conhecimento científico a respeito de patologia pouco frequente, associada a importante prejuízo na acuidade visual.
RELATO DE CASO: J.B, 47 anos, sexo masculino, comparece para consulta oftalmológica em julho, queixando perda progressiva de visão há aproximadamente 5 anos. Relata cirurgia de exérese de pterígio em olho esquerdo (OE) há 10 anos e refere que possui irmã com quadro de perda visual semelhante. Acuidade visual corrigida em ambos os olhos de 20/40. Biomicroscopia e pressão ocular sem alterações. Ao exame fundoscópico: retinas aplicadas, discos ópticos corados com escavação fisiológica; Presença de lesão localizada em centro macular, bem delimitada, ovalada, medindo 25% do tamanho do disco óptico, de coloração amarelada com ponto enegrecido central, simétrica. À angiofluoresceinografia: discos ópticos e vítreo sem alterações, padrão vascular fisiológico, máculas com presença de lesão viteliforme, tempo braço retina habitual, presença de hiperfluorescência do tipo transmitida central correspondendo a lesões viteliformes observadas. Para confirmação diagnóstica foi solicitado Eletro-oculograma, que apresentava exame gravemente subnormal em todos os estágios. Por fim, o paciente foi informado a respeito do prognóstico visual e orientado ao acompanhamento semestral no departamento de retina.
CONCLUSÃO: Apesar de não haver tratamento efetivo para a degeneração viteliforme é imprescindível o acompanhamento rigoroso com especialista em retina para tratamento de possíveis complicações, como o descolamento de retina, que podem acelerar o quadro de perda visual progressiva. Além disso, é necessário orientar ao portador sobre as atividades contraindicadas devido a baixa acuidade visual, realizar suporte psicológico e, em estágios mais avançados, encaminhar ao acompanhamento no departamento de visão subnormal e à institutos especializados em socialização do deficiente visual. Dessa forma, torna-se primordial que o oftalmologista se implique em acompanhar e prover auxílio na qualidade de vida nos casos de pacientes com prognóstico visual reservado.
Geral
centro oftalmologico de minas gerais - Minas Gerais - Brasil
Silvia Nogueira Marx, Ana Clara de Souza Campolina, Giovana Peret Figueiró Mattos, Italo Nicoliello Magalhães, Ricardo Bicalho Campolina