Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ALUNOS COM BAIXA VISÃO E CEGUEIRA EM UMA ESCOLA PARA CEGOS EM BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS

Objetivo

Analisar o perfil epidemiológico dos alunos com baixa visão e cegueira do Instituto São Rafael, em Belo Horizonte, Minas Gerais

Métodos

Revisão de 39 prontuários dos alunos com baixa visão regularmente matriculados na instituição no ano de 2018.Os dados analisados foram: sexo, faixa etária,procedência, etiologia da baixa visão, acuidade visual, uso ou não de auxílio óptico e quantidade de profissionais da equipe multidisciplinar que assistem os pacientes.

Resultados

Dos 39 alunos avaliados, 25 (64,10%) são do sexo masculino, enquanto 14 são do sexo feminino. A faixa etária dos participantes foi entre 6 e 21 anos, com média de idade de 12 (DP +/- 3,6) anos. Os alunos em sua maioria residem na cidade de Belo Horizonte, total de 16 e os demais provinientes de: Contagem (2), Betim (2), Ribeirão das Neves(2) Ibirité (1), Alvinóplis(1), e Sabará(1).A etiologia frequente em crianças e adolescentes foi a retinopatia da prematuridade 9 (23,07%), glaucoma congênito 7 (17,94%) e atrofia ótica 5 (12,08%). Outras causas foram: toxoplasmose congêntita (2), sífilis cogênita (1), catarata congênita (2), mal formação (3), retinoblastoma (1), conjutivite (1), amaurose de Leber(2), síndrome oculodentodigital(1) e trauma (1). Vinte e dois alunos tinham acuidade visual sem percepção de luz bilateral no momento que ingressaram no instituto, enquanto que 17 alunos (43,58%) tinham acuidade visual entre percepção de luz (4 alunos - 12,82%) a 20/400 (2 alunos - 5,12%). Com relação ao auxílio ótico, apenas 1 aluno faz uso de óculos e lupa de apoio. Todos os alunos são acompanhados por mais de um profissional, sendo a psicologia a mais frequente deles, total 25 (64,10%) participantes, 14 (35,89%) são acompanhados pela fonoaudiológa e 12 (30,57%) pela terpeuta ocupacional.

Conclusões

O Instituto São Rafael tem grande importância nesse contexto, visto que é uma entidade pública que conta com uma equipe completa de profissionais qualificados, que desenvolvem ações importantes nas áreas da educação, reabilitação, capacitação profissional, além de produção e adaptação de materiais especializados para os alunos com deficiência visual. O uso de auxílios ópticos possibilita o desenvolvimento educacional e a mobilidade, mesmo aos portadores de níveis de visão quantitativamente baixos. O acompanhamento oftalmológico destes pacientes busca o melhor aproveitamento da acuidade visual possível, permitindo, desta forma, a inclusão dos mesmos na sociedade.

Área

Geral

Autores

NUBIA CHOUCHOUNOVA SILVA NEVES DOS SANTOS, FRANCINE RUBIÃO DA CUNHA, MARIANA IMBROISI DOS SANTOS, ANA CRISTINA DA COSTA, MARCUS VINICIUS CARDOSO DE SOUZA, VINÍCIUS DE CASTRO MONTEIRO